Chegamos ao terceiro dia de trabalhos da 51ª Assembleia Geral da CNBB em
Aparecida, que tem como tema central “Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia”. Nesta sexta-feira a Celebração Eucarística na Basílica Nacional que
dá início aos trabalhos foi presidida pelo Arcebispo emérito de Salvador,
Cardeal Geraldo Majella Agnelo. Concelebraram os bispos eméritos, que nesta
Assembleia estão presente em número de 40.
Os mais de 360 bispos que
participam dos trabalhos no plenário do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de
Almeida discutem assuntos importantes: hoje continua-se a falar da situação das
paróquias católicas em todo o Brasil e a questão agrária.
Ontem tivemos o
tema da tradução do Missal Romano e do Diretório de Comunicação. De fato a
Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos apresentou uma nova tradução para o
Missal Romano. Cada trecho do Missal traduzido já foi analisado pelos membros da
Comissão e mandado para os bispos de todo o Brasil, para que fizessem emendas.
Após a aprovação das emendas, o texto foi traduzido e agora deve ser aprovado na
Assembleia em Aparecida. Depois de aprovado será enviado a Roma para que seja
reconhecido pela Santa Sé.
Já sobre o tema do Diretório de Comunicação,
Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, que também participou do
processo de elaboração do Diretório, fez a seguinte consideração sobre o
Documento: “a comunicação é essencial na vida do ser humano e a Igreja é feita
de comunicação, da boa notícia, da Palavra de Deus, da Catequese, da
Liturgia.
Sobre o tema central “Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia” nós conversamos com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo
Scherer.
Sobre o Diretório de Comunicação nós conversamos com o
Presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, e com o Arcebispo de Porto
Alegre, Dom Dadeus Grings.
Ainda ontem conversaram com os jornalistas
presentes na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
Dom Sergio Eduardo Castriani, Arcebispo de Manaus (AM), Dom Dimas Lara Barbosa,
Arcebispo de Campo Grande (MS) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
a comunicação e Dom Armando Bucciol, Bispo de Livramento de Nossa Senhora
(BA).
Dom Dimas fez um panorama geral do Diretório da Comunicação que
será apresentado aos bispos ainda nesta tarde. “Este é um sonho antigo da CNBB.
Gostaríamos de ter normas mais claras para as nossas comunidades e
paróquias”.
O arcebispo explicou que inicialmente foi feito um texto de
estudo e aprofundamento da comunicação e posteriormente a criação da Comissão
Episcopal Pastoral da Comunicação.
Dom Dimas adiantou aos jornalistas que
o Diretório terá 10 capítulos, entre eles, os Desafios da comunicação para a
Igreja, a comunicação nas redes sociais, a teologia da comunicação. “Entre os
capítulos está também a Comunicação e a vivência da fé nas dimensões da
catequese, caridade e liturgia. Precisamos debater as questões da ética na
comunicação”, ressaltou.
Já Dom Sérgio Castriani, presidente da Comissão
para o Tema Central da 51ª Assembleia Geral, apresentou algumas perspectivas que
estão sendo tratadas a partir da proposta “Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia”. “Estamos convencidos que a paróquia é a grande escola de fé. Ela
existe para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair a todos para a Igreja.
Continua sendo uma referência para os católicos e não cristãos. É nela que cada
pessoa deveria fazer um encontro com Cristo”.
Ainda, de acordo com dom
Sérgio, “essa renovação está ligada a articulação de pequenas comunidades,
buscando integrar todas as instituições como escolas, universidades, etc”.
Dentro dos trabalhos da Assembleia Geral está sendo apresentando aos
bispos a nova proposta de revisão do Missal Romano. Dom Armando Bucciol, que é o
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia e da Comissão
Episcopal para os Textos Litúrgicos explicou que as Conferências estão
encarregadas de revisar os textos. A primeira versão do Missal foi publicada em
1969, em latim e depois traduzida para outros idiomas.
O trabalho desta
comissão da CNBB tem sido intenso e vem sendo realizado com cautela. “Não se
trata apenas de traduzir, mas manter uma fidelidade ao texto original em latim.
Para que seja acessível ao povo em uma linguagem litúrgica bela”, destacou dom
Armando. O bispo aponta que a revisão não terá mudanças nos ritos. São correções
simples, como, por exemplo, a unificação das respostas na celebração
eucarística. A mudança será mais na linguagem e conteúdo e não propriamente no
formato da celebração. (Silvonei José)
Original:http://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/12/diretório_de_comunicação:_sonho_antigo_da_cnbb/bra-682141
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